domingo, 30 de junho de 2013

PÓS- GRADUAÇÃO

Inscrições para mestrado em matemática vão até 5 de julho

Quinta-feira, 27 de junho de 2013 - 17:30
Professores de matemática das redes públicas de educação básica, com curso de graduação, podem concorrer a 1.570 vagas do programa de Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional (Profmat), oferecido pelo governo federal. A quarta edição do exame recebe inscrições até de julho, pela internet. As provas serão aplicadas em 31 de agosto próximo, e o curso começa em março de 2014.

De acordo com o presidente do conselho gestor do Profmat, Marcelo Viana, o mestrado, com duração de 24 meses, prevê três períodos letivos por ano. Um de quatro meses, seguido de intervalo, e outro de mais quatro meses, além de um intensivo nas férias de verão. O formato, explica o coordenador, visa a facilitar a vida dos educadores, uma vez que 80% dos mestrandos combinam o exercício da atividade docente com a pós-graduação.

Na seleção deste ano, participam 59 instituições de educação superior federais e estaduais das cinco regiões do país que integram a Universidade Aberta do Brasil (UAB). Viana explica que 80% das vagas são reservadas a professores das redes públicas e 20% a educadores das redes particulares, recém-formados e licenciados de outras áreas do conhecimento. Professores em exercício no sistema público da educação básica podem pedir bolsa de estudos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação. A bolsa de mestrado para formação no Brasil é de R$ 1,5 mil por mês.

Exame — Ao fazer a inscrição, o candidato a vaga deve informar dados pessoais, da formação acadêmica e da atuação profissional e selecionar a instituição de educação superior e o polo nos quais pretende realizar o exame e fazer o mestrado. Conforme o edital, a prova, presencial, será aplicada no polo em que o candidato fizer a inscrição. Ela consta de 40 questões de múltipla escolha e avalia o domínio de conhecimentos numéricos, geométricos, de estatística e probabilidade, algébricos e algébrico-geométricos. O edital detalha o conteúdo a ser cobrado, as instituições de educação superior e os polos.

Como o mestrado profissional é totalmente gratuito, o educador assume o compromisso de continuar na rede pública na qual trabalha por cinco anos após a certificação.

Aproveitamento — Na avaliação do presidente do conselho gestor do programa, nas três primeiras edições do mestrado, o aproveitamento dos cursistas esteve na faixa de 70%. “É um índice de sucesso em qualquer programa, especialmente neste, no qual os educadores trabalham e estudam, inclusive nas férias”, diz. Da primeira turma, que ingressou em 2011, 405 foram certificados. Outros 500 estão terminando os últimos trabalhos. Estes, segundo Marcelo Viana, receberão o certificado em agosto próximo.

O presidente do conselho explica que os ingressos anuais no mestrado profissional a distância vão continuar porque o número de educadores em salas de aula sem pós-graduação ainda é muito alto. Ele estima que o país tenha 400 mil professores de matemática nas redes pública e particular. Destes, 30% nem sequer têm a graduação. A cada ano, a seleção recebe cerca de 20 mil inscrições.

A ficha de inscrição, o edital e o calendário do exame estão disponíveis na página do Profmat na internet.

Ionice Lorenzoni

Palavras-chave: educação a distância, matemática, mestrado

sábado, 29 de junho de 2013

XXVII PRÊMIO JOVEM CIENTISTA

 Promovido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) , o Prêmio Jovem Cientista tem como objetivos revelar talentos, impulsionar a pesquisa no país e investir em estudantes e jovens pesquisadores que procuram inovar na solução dos desafios da sociedade.
Público alvo:  estudantes do Ensino Médio, Estudantes do Ensino Superior, Mestres e Doutores
Tema: Água – Desafios da sociedade
Inscrições:  até 30 de agosto

http://www.educacaoetecnologia.org.br/?p=6493

15 COISAS QUE SERÃO OBSOLETAS NA EDUCAÇÃO ATÉ 2020

Gonçalo Mendes
Gonçalo Mendes
Professor, jornalista, blogueiro
Os próximos 10 anos serão de mudanças profundas na Educação, a todos os níveis. Nada que tenha a ver com a crise que vivemos, mas com a revolução digital que se acelera todos os dias.
Há cerca de um ano, a escritora Shelley Blake-Plock publicou um artigo no seu blogue Teacher 2.0, intitulado, “21 Things That Will Become Obsolete in Education by 2020″. Mais adaptado à realidade portuguesa, selecionei e adaptei 15 tópicos que vão no mesmo sentido. Talvez ajude a ultrapassar a depressão portuguesa de 2012 e 2013. Sem cinismo.
1. Mesas
O século 21 não se encaixa nada em mesas alinhadas. A educação vai reforçar os conceitos baseados em redes de fluxos, colaboração e dinamismo que vão reorganizar o espaço das aprendizagens, tornando obsoletas as filas de mesas e cadeiras características das nossas salas de aula fabris.
2. Laboratórios de LínguasA aprendizagem de um língua estrangeira vai estar (já está, para quem quiser) à distância de um smartphone. Mais espaço disponível nas escolas.
3. Computadores
As salas de computadores, muitas vezes encostados às paredes, serão como que peças de museu. Os portáteis,tablets, smartphones e outros dispositivos vão limpar os velhos ecrãs, as torres e os emaranhados de fios. Mais espaço.
4. Trabalhos de casa
A educação será pensada e trabalhada 24 horas por dia, 7 dias por semana. Os limites tradicionais entre a escola e a casa tenderão a desaparecer. Como disse alguém, não precisamos de crianças para irem à escola; precisamos delas para aprenderem mais. A aprendizagem será contínua e em movimento. (ver o ponto 3).
5. Instrução massificada
Nos próximos 10 anos o professor que não souber utilizar a tecnologia para personalizar e diferenciar a aprendizagem dos seus alunos será “carta fora do baralho”. A diferenciação será tão natural como respirar. O professor de massas acabou.
6. Medo da Wikipedia
Wikipedia é a maior força democratizante no mundo actual. Se os professores têm receio em deixar os alunos utilizá-la, está na hora de olhá-la de frente sabendo que com este ou outro nome a Wikipedia vai continuar a crescer exponencialmente. Talvez esteja na hora de cada um também dar o seu contributo.
7. Manuais em papel
Os livros são agradáveis, mas, daqui a dez anos, toda ou quase toda a leitura será feita através de meios digitais.
8. Cadernos, lápis, canetas… papel
Provavelmente não vão acabar, mas com toda a certeza vão diminuir e muito na quantidade. As crianças aprenderão a escrever e a desenhar em dispositivos digitais e a grande maioria dos trabalhos, testes e exames poderão ser feitos da mesma maneira. A floresta agradece. Quem não perceber e se adaptar… desaparece.
9. Pastas
Já hoje, em muitas das nossas escolas, que necessidade têm as crianças e os jovens de andarem com bolsas pesadas às costas com custos associados à sua saúde? Com livros e cadernos digitais… as pastas escolares serão cada vez menos pesadas até desaparecerem. As colunas vertebrais agradecem.
10. Departamentos TIC
Um fim à vista. As TIC não serão uma especialidade. As TIC serão a realidade, as ferramentas essenciais de todos os professores e educadores. Todos os agentes da educação e formação terão competências TIC elevadas. Com a afirmação do “Cloud Computing”, a qualidade e aumento da cobertura sem fios e o acesso via satélite, coisas agora “tão importantes” comosoftware, segurança e conectividade serão coisas do passado.
11. Instituições centralizadas
Os edifícios escolares vão transformar-se em centros de aprendizagem e não em locais onde toda a aprendizagem acontece. Os edifícios serão menores, os horários dos professores e alunos irão mudar para permitir que menos pessoas estejam na escola de uma só vez, abrindo caminho a um ensino mais experimental, vivencial, fora do ambiente escolar.
12. Níveis de ensino
A educação vai tornar-se mais individualizada, abandonado significativamente a estrutura dos níveis de ensino tal como os conhecemos hoje. Os alunos serão associados por interesses, seguindo cada um uma aprendizagem especializada. (ver ponto 5)
13. Escolas e professores “atecnológicos”
Escolas e professores que não utilizem as tecnologias estarão condenados ao fracasso. As primeiras a fechar. Os segundos a mudar de profissão.
14. Normas Curriculares
As normas curriculares actuais integram enormes bloqueios à diferenciação da aprendizagem, imagem de marca da educação do futuro. A raiz da mudança curricular será as escolas do ensino básico como fornecedoras de conteúdos fundamentais e as dos níveis superiores com a oferta de aprendizagens especializadas.
15. Reuniões de pais e professores à noite
As ferramentas já hoje disponíveis para comunicação virtual tornarão as reuniões “físicas” uma raridade. De uma forma ou de outra, os pais vão obrigar a escola a utilizar a tecnologia para comunicar. Não vá. Ligue-se.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Portal www.educacaoetecnologia.org.br,onde você pode encontrar informações, interagir com seus pares, disseminar experiências e aprender de forma colaborativa

FORMAÇÕES COM NOVAS TEMÁTICAS NO SEGUNDO SEMESTRE DE 2013

  Portal  www.educacaoetecnologia.org.br,onde você pode encontrar informações, interagir com seus pares, disseminar experiências e aprender de forma colaborativa.

No segundo semestre de2013 estaremos oferecendo formações abertas com novas temáticas.
Anote na sua agenda:
FORMAÇÃO
PERÍODO
O Lúdico como Recurso Tecnológico em sala de aula.
22/07 a 01/09
O uso de dispositivos móveis na educação
29/07 a 08/09
Criação de histórias animadas e interativas
05/08 a 15/09
Produção textual em ambientes digitais
05/08 a 15/09
Como utilizar os Recursos Educacionais Abertos em sala de aula
12/08 a 22/09
Representações pictóricas - recursos facilitadores da aprendizagem
26/08 a 06/10
Infografia na prática pedagógica
02/09 a 13/10
Construção coletiva de um livro eletrônico
09/09 a 20/10
Pesquisa em sala de aula: o impacto que a internet pode exercer como fonte de investigação
16/09 a 27/10
Autoria coletiva e construção do conhecimento em rede
07/10 a 17/11
O uso de podcast na prática pedagógica
14/10 a 24/11
Construção do hipertexto e propostas práticas em sala de aula
21/10 a 02/12
O rádio como meio de comunicação na escola
04/11 a 15/12
Letramento Digital - Leitura e escrita na sociedade do conhecimento
04/11 a 15/12
Nossas formações são gratuitas, totalmente  online e voltadas para  professores  do ensino fundamental II que estão  atuando em sala de aula, pois nossa proposta  prevê a  aplicabilidade em sala de aula.
As inscrições  são abertas na semana anterior ao início da formação.
Fique atento,  pois as vagas são limitadas!

Redes sociais e sua aplicação na escola- curso oferecido pelo Instituto Ayrton Senna


Este curso que estou concluindo  de muita importância para a  minha formação profissional.
Textos interessantes e as ideias dos cursistas bem motivadoras, além da importante contribuição da querida Faustina Justo. (Agente técnica)
Esse texto faz parte desse estudo, o uso do Twitter na escola.

Texto: • Twitter na escola ajuda? - Sergio Amadeu da Silveira

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Vale conferir!!


Redes sociais batem políticos e Judiciário, segundo o Datafolha


Há dez anos, 51% dos habitantes da capital paulista achavam que o Executivo (Presidência e ministérios) tinha muito prestígio. Em 2007, o percentual caiu para 31%. Hoje, são apenas 19%. Essa década analisada pelo Datafolha coincide com a administração do PT no Planalto --com Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) e Dilma Rousseff (de 2011 até hoje). A margem de erro da pesquisa é de quatro pontos percentuais, para mais ou para menos.
No caso do Congresso, a avaliação tem sido ruim: os que achavam que o Poder Legislativo não tem nenhum prestígio eram 17% em 2003. Agora, a taxa subiu para 42%.
Os partidos também nunca estiveram em alta. Mas em 2003 havia apenas 22% dos habitantes da cidade de São Paulo que consideravam que essas agremiações não tinham nenhum prestígio. Agora, são 44% --trata-se do maior percentual de desprestígio entre todas as instituições pesquisadas.
No caso do Judiciário, 38% dos paulistanos achavam que esse Poder tinha prestígio em 2003. A taxa recuou em 2007 para 34%. Ontem o Datafolha registrou só 20%.
Na outra ponta da avaliação das instituições pesquisadas aparecem as redes sociais, que lideram com "muito prestígio" para 65% dos paulistanos. Empatada na margem de erro da pesquisa, a imprensa vem a seguir com 61%. Em terceiro lugar está a Igreja Católica (35%).
A Igreja Universal do Reino de Deus, com 28% de "muito prestígio", empata tecnicamente com as Forças Armadas, que pontuam 27%.
Leia mais na edição desta terça-feira, 19, da Folha de São Paulo

domingo, 23 de junho de 2013

RedesSociais.br - Um panorama das Redes Sociais no Brasil

http://www.youtube.com/watch?v=bByJX54QGfA

Tecnologia

Educadores não podem temer novas tecnologias

Editora Salete Toledo diz que escolas precisam se abrir às novidades - que alunos já dominam

Nathalia Goulart
Aumenta número de alunos na pré-escola e no ensino médio em duas décadas de estatuto
A educação não pode mais ser planejada no contexto da "era de Gutemberg" - ou seja, dos tipos móveis e, portanto, do livro de papel. Na visão de Salete Toledo, especialista em educação e editora executiva da Edições SM, é preciso pensar o ensino em constante contato com as novas tecnologias e mídias. Para isso, os currículos escolares precisam assimilar as tecnologias, o que, na visão de Salete, demanda transformações nas intituições de ensino. "Nossa escola segue um modelo fechado. Precisamos de um ambiente onde possam circular mais informações, e essas informações estão fora dos muros da escola", diz a especialista, convidada a falar sobre o tema em um painel especial da Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que se encerra neste domingo. Confira a seguir os principais trechos da entrevista com ela.
No âmbito da educação, as novas tecnologia vêm sendo aplicadas de maneira efetiva no Brasil?
De maneira geral, o uso das mídias ainda não é efetivo. Existem algumas experiências em curso, mas são projetos incipientes e ainda há um longo caminho a ser percorrido. O projeto Um Computador por Aluno, por exemplo, é uma experiência efetiva. Também temos escolas – principalmente as particulares – que usam recursos para ministrar aula interativas, como as lousas digitais. Essa realidade, porém, ainda não está disponível para todos os estudantes e professores.
Uma recente pesquisa da Fundação Victor Civita mostrou que 72% dos entrevistados não se sentem seguros em utilizar computadores na escola. Como a senhora enxerga essa situação?
Ainda existe um investimento a ser feito na formação dos professores. Algumas universidades começam a tratar das novas tecnologias em seus currículos, mas esse ainda é um fenômeno muito recente. A dificuldade dos professores é fruto de falta de conhecimento.
Quais os maiores desafios em matéria de integração da tecnologia às escolas?
A primeira dificuldade está na escola. Nossa escola hoje é uma escola fechada e com horários determinados. Precisamos de um ambiente onde possam circular mais informações. E essa informações estão fora dos muros da escola. É preciso pensar também em uma mudança de currículo e da forma como encaramos a escola. O papel do professor mudou – ele já não é mais o detentor do conhecimento, mas apenas o mediador e precisa de orientação para isso. Essa é a grande reflexão que precisa ser feita: dentro dessa nova realidade, o que podemos fazer para ajudar esse professor a se aproximar dessa realidade tão viva que está fora da escola? Os desafios são variados, vão desde o material que o docente não possui até a própria visão do que a escola é. Esses são os grandes desafios – e eles são grandes mesmo!
A escola muitas vezes é descrita pelos alunos como cansativa e pouco atraente. A incorporação das novas tecnologias pode aumentar o interesse dos alunos pelos conteúdos?
Elas facilitam na medida em que são usadas de forma significativa. Se eu quiser apresentar um conteúdo de gramática usando o computador da mesma forma que faria sem a máquina, não teremos nenhum impacto, e o aluno terá, igualmente, pouco interesse. Porém, se eu usar uma tecnologia para fazer com que o aluno participe do conhecimento e construa junto com outros colegas conceitos, textos e projetos, isso pode ser interessante. O aluno já faz isso fora da escola, mas a escola ainda não se apropriou disso. Se as tecnologias forem usadas de um modo significativo para o aluno, com certeza ele vai se sentir participante, porque deixará de ser expectador e passará a ser colaborador. Não é mais possível pensar em uma educação na era de Gutemberg. Não temos mais livros apenas. Temos livros, filmes, celulares, laptops etc. Temos uma quantidade enorme de possibilidades.
Temos bons exemplos de professores que já incorporaram a tecnologia? 
Conheço professores, jovens principalmente, que já tomaram essa iniciativa. Outro dia, um professor de inglês me contou que pede para seus alunos consultarem um dicionário no celular. Isso é proibido em outras escolas, mas ele conseguiu dar a isso uso significativo dentro da aula. Ele deu sentido à tecnologia. Muitas vezes, o aluno se perde no uso do computador e da internet na sala de aula porque falta sentido e foco na atividade.
Os celulares já são amplamente acessíveis e oferecem muitas possibilidades - fotos, filmagens, mensagens e mesmo a internet. Contudo, a maioria das escolas prefere proibi-los, assim como o uso das redes sociais e de outros aparatos. Essa é uma atitude correta?
Proibir o uso do celular é nadar contra a corrente. O jovem usa o celular da mesma forma que usa boné. Precisamos descobrir maneiras de usá-lo pedagogicamente. E ele pode ser uma ferramenta importante para trabalhar a questão do conhecimento colaborativo. Vivemos em uma era digital, já não é o conhecimento particular e individual que prevalece. E o celular é isso, é uma forma de transmitir conhecimento. Claro que algumas escolas proíbem porque não sabem o que fazer com o aparelho.
Em termos de tecnologias na educação, o que se deve evitar?
É preciso ter muito claro o objetivo de cada proposta ou tudo fica muito solto. Se o aluno tem foco, ele não vai usar a internet pra procurar outras coisas além daquilo que está sendo pedido. Se o professor der foco, os conhecimentos se tornam significativos. O que o professor deve evitar, então, é deixar tudo muito aberto e assim se distanciar do universo do aluno. O professor tem que se aproximar para conquistar o aluno.

Tecnologia

Por que professores e escolas não caem nas redes sociais?

Simão Marinho, da PUC-MG, fala sobre as dificuldade de integrar educação e sites

Nathalia Goulart
Thinkstock
(Thinkstock)
Uma pesquisa realizada pelo Ibope revelou que 87% dos usuários de internet do país utilizam uma rede social - 83% deles usam esses serviços para finalidades pessoais. É legítimo supor que estudantes e professores também se relacionam por meio daqueles sites. Contudo, se as redes são hoje território da amizade, da diversão e da paquera, ainda é difícil pensar em usos pedagógicos para a ferramenta. Pelo menos é isso que conclui Simão Marinho, coordenador do programa de pós-graduação em educação da PUC-MG e assessor pedagógico do programa Um Computador por Aluno, do governo federal. “A escola é como uma cidade com muros que a limitam. Já o Facebook ou o Orkut são inverso disso – são praças públicas onde podemos encontrar todo o tipo de elemento”. E isso, segundo o especialista, assusta escolas e professores. Confirma a seguir os principais trechos da entrevista com Marinho, convidado a falar sobre o tema em um painel especial da Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que se encerra neste domingo.
As redes sociais já fazem parte da educação?
Do ponto de vista pedagógico, acredito que ainda não há nenhum impacto das redes sociais virtuais na educação. Fora da escola, ou mesmo para entrar em contato com os amigos da escola, os alunos fazem uso das redes – Orkut, Facebook, MySpace –, mas elas ainda não são usadas para outros fins.
Quais os entraves à aproximação entre escolas e redes digitais? 
A primeira dificuldade está na estrutura da escola e na postura do professor. Dificilmente, eles chegariam ao modelo ideal de rede, que é aquela que não tem centro, não tem comando nem poder. Dentro dessa estrutura, vejo uma enorme dificuldade para a escola fazer uso dessas redes porque seria preciso que os que os professores não se sentissem comandando alunos, determinando tarefas. Além disso, existem alguns riscos nas redes sociais que a escola não quer assumir, como o da segurança, do bullying e da pedofilia. Por tudo isso acredito que hoje a escola não está na rede, e a rede não está na escola.
A liberdade característica das redes sociais é um empecilho?
Sim. A escola é como uma cidade com muros que a limitam. Já o Facebook ou o Orkut são inverso disso – são praças públicas onde podemos encontrar todo o tipo de elemento, do mais benigno ao mais nocivo. Isso sem dúvida é um complicador, porque nem todos que estão ali são os parceiros de escola.
Se a escola ainda não está na rede, o senhor sente uma demanda dos alunos para que ela esteja? Acho que os alunos não estão interessados nesse envolvimento. Se você descola da questão educacional, eles se envolvem nas redes e até abordam questões ligadas à escola, mas não são questões ligadas ao aprendizado. Tive acesso a uma pesquisa nos Estados Unidos onde a maioria dos alunos pedia aos professores que não estabelecessem contato nas redes sociais. É como se dissessem: ‘Acabou a hora da aula, não quero mais falar com você’. Isso acontece, em parte, porque os alunos usam essas redes inclusive para criticar os professores. O Orkut, por exemplo, tem aquelas comunidades ‘Eu odeio o professor fulano’. Então os alunos não querem o professor na rede. Com esse tipo de uso, a escola fica ainda mais desconfiada em usar as redes.
Fora da sala de aula, os alunos e até os professores fazem uso das redes sociais por lazer. Transformar esse lazer em aprendizado é um desafio? 
É um grande desafio. O ideal seria que o aprendizado tivesse o mesmo gosto saboroso do lazer e fosse uma fruta tão tentadora e suculenta quando a fruta da diversão. Porque os alunos e professores vão atrás disso nas redes sociais, eles querem a conversa afiada com o amigo, trocar ideias, fazer planos para o fim de semana. Algumas escolas isoladamente já conseguiram superar esse desafio, mas são poucas. Não estou dizendo que não funcione, mas acredito que ainda não encontramos a fórmula para isso.
Quais seriam as vantagens de uma escola integrada às redes sociais?
A vantagem maior seria que as escolas, os professores e os alunos conversassem entre si e trocassem experiências. Mas a discussões deveria girar em torno da educação ou a rede social vira apenas um playground, uma área de lazer e entretenimento. E para que isso aconteça é preciso que cada nó dessa rede tenha uma importância e contribua para a discussão, porque a comunicação por esse meio pressupõe igualdade, sem ninguém controlando as cordinhas da rede. E acredito que esse seja um complicador para as escolas.
O que escolas e educadores devem evitar em matéria de redes sociais?
Os professores não devem reprisar na virtualidade aquilo que está acontecendo na sala de aula, ou seja, devem buscar expandir na internet os conteúdos ensinados na escola. Os conteúdos são importantes, mas tratar de assuntos que extrapolem o aprendizado também pode ser interessante. Por exemplo, professores e alunos podem discutir o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) nas redes sociais. Podem – e devem – discutir o vestibular, dificuldades, carreira. Se a escola começar a criar essas espaços e fóruns, pode ser que a rede funcione. 
Alguns entusiastas defendem que o bom uso das redes sociais pode funcionar como catalisador da reinvenção da escola. O senhor acredita nisso?
Isso é coisa de entusiasta! Não podemos jogar na ferramenta o peso da inovação pedagógica. Nenhuma máquina muda a escola. O que muda a escola é o professor e não acredito que apenas o fato de ele se integrar a uma rede social mude alguma coisa. Antes disso, ele precisa entender que a educação hoje tem um outro significado. Hoje o professor já não é a única fonte de informação que ele aluno tem. Ele precisa entender que o papel dele é criar estratégias para que o aluno aprenda, seja com a escola, com a internet, com o celular ou com o livro.
O senhor é assessor pedagógico do programa do governo federal Um Computador por Aluno (UCA). O que de fato os alunos desenvolvem com a ajuda do computador?Com o computador, eles têm acesso a fontes de informações diversas, além de ter nas mãos a possibilidade de se expressar por linguagens multimidiáticas. O laptop do UCA é computador, comunicador, telefone, câmera de vídeo e fotográfica, gravador digital, entre outros. Ele é fundamentalmente um instrumento para a linguagem múltipla que eu utilizo quando preciso. E junto com a discussão da inovação tecnológica tentamos discutir a inovação pedagógica. E só assim poderemos transformar a escola.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

A importância de utilizar as mídias na educação As ferramentas de mídia podem elevar os métodos de ensino a um outro patamar, muito mais eficaz Leia mais: http://www.cpt.com.br/cursos-metodologia-de-ensino/artigos/a-importancia-de-utilizar-as-mídias-na-educacao.



Com a tecnologia a todo vapor, passamos a ter algumas alternativas interessantes para a dinâmica do ensino nas escolas. A sala de aula que antes se resumia a alunos, professores, quadro, giz, mesas e cadeiras pode agora contar com novos elementos de multimídia.

A internet é uma ferramenta que permite inúmeras possibilidades de tornar a didática mais envolvente e assimilativa. Ela contém mecanismos que contribuem para captar a atenção do aluno de uma forma mais aguda e consequentemente aumentar as chances de um aprendizado de sucesso.


Compete às escolas e aos profissionais da área usufruírem desses avanços tecnológicos, visando melhorar cada vez mais o ensino do país. Eles são os agentes de transmissão de conhecimento, é o dever deles estarem por dentro dessas novas alternativas de complementar o ensino.

Tipos de mídias




Os tipos de mídia são basicamente três: digital, eletrônica e a impressa. Vamos falar um pouco mais sobre cada uma:




Mídia digital: É baseada em tecnologia digital como a internet, os programas educacionais e os jogos de computador. Recentemente a TV digital adentrou a essa classe, tendo como principal característica a interatividade. Nessa categoria, o usuário pode filtrar as informações, visualizando apenas as que o agradam e pode enviar as suas próprias. É uma via de mão dupla, você recebe mas também pode fornecer conteúdo informativo.




Mídia eletrônica: Nessa categoria, enquadram-se a televisão, o rádio e o cinema, que se configuram como formas de comunicação unidirecional, ou seja, apenas passam informações e não permitem a interação com quem as está acompanhando. É o caso também dos DVDs e dos recursos audiovisuais.




Mídia impressa: É o formato de mídia mais antigo, é composta por elementos como jornais, revistas, mala-direta, fôlderes e catálogos. Resumindo, é todo tipo de material impresso que visa comunicar algo.






 Crianças fazendo uso da internet na sala de aula
Uso da internet no intuito de educar
O emaranhado de informações contidas na internet ao mesmo tempo que pode disseminar um rico conhecimento, pode transmitir também informações inverossímeis. Dessa forma, pelo fato da internet ser uma ferramenta extremamente abrangente, o seu uso requer orientação.



A filtragem de informações deve ser estratégica. Antes de considerar um conteúdo como viável de ser usado, pesquise em mais fontes. Sempre busque fontes com boa procedência e que sejam reconhecidas. Evite perder tempo com dados repetidos, banalidades, publicidade e coisas inúteis.

Como ferramentas interessantes para serem usadas na educação, podemos citar:
* Correio eletrônico (e-mail)
* Espaços de interação e discussão (Fóruns)
* Locais de conversa (Chats)
* Blogs
* Ferramentas colaborativas
* World Wide Web – navegação livre na internet


Com o suporte dessas ferramentas, o professor terá condição para desenvolver diversas formas de aprimorar a sua didática e consequentemente a aprendizagem dos alunos. Por exemplo:
* Auxílio à pesquisa e ao desenvolvimento profissional dos professores
* Recurso educacional para uma aprendizagem mais motivadora e abrangente
* Comunicação
* Realização de projetos em atividades compartilhadas
* Transmissão de conteúdos (apresentação de conteúdos e estímulo à interação)



Podemos notar que essas aplicações contribuem para melhorar a capacidade de professores e alunos de encontrar e associar informações, trabalhar em grupo e comunicar cada vez mais, de forma adequada.

A busca pela melhora da educação perpassa diretamente pela inclusão da tecnologia aos meios tradicionais de ensino. Procurem saber melhor as formas que possibilitam esses avanços.
Por: Victor Monteiro




Leia mais: http://www.cpt.com.br/cursos-metodologia-de-ensino/artigos/a-importancia-de-utilizar-as-midias-na-educacao2#ixzz2Wm9m5GMd